Dias felizes pra sempre

Mais um dia que se passa ... mais um dia perdido...assim tem sido meus dias...vazios, sozinha, no silêncio...
À noite é pior... o silêncio me incomoda, o barulho me incomoda, a risada dos infelizes me incomoda...
Voltei a tomar minha pílula da felicidade, o que tem feito em alguns momentos eu me sentir mais animada. Além de ter passado no concurso, mas senti que mais uma vez eu dei uma estaguinada na vida.
Isso não é bom...Planos? Só para um futuro um pouco distante, onde eu imagino que estaria sendo uma outra pessoa melhor, mais ativa, mais viva e mais querida. Talvez esse dia nunca chegue...
Ou talvez a minha pílula da felicidade surta mesmo efeito longo e duradouro e me transforme em outra pessoa.
Mas estava também pensando que já mudei bastante. Apesar de me incomodar com a solidão, não me vejo mais com mais ninguém, nem com amigos. Isso é ruim? Não sei...pelo menos não tenho essa dependência constante de ter alguém do meu lado para me sentir bem. Por outro lado, não sei se me sinto tão bem sozinha..
Tenho considero outras coisas mais impotantes, como por exemplo minha família, principalmente minha mãe, e minha saúde...É bom se preocupar com quem se importa com a gente. Meu filho também...que sempre foi motivo de muita alegria pra mim.
Acho que devo mesmo esperar que as coisas venham a seu tempo, como tem acontecido ultimamente.
Acho mesmo que minha vida tende a melhorar, afinal tenho buscado isso com muito afinco.
Tenho sonhos, como todo mundo, e são esses sonhos que tem me tirado o sono essas últimas noites...
Por enquanto considero a solidão como um estado passageiro,  necessário para minha reabilitação. Ninguém gosta afinal de uma pessoa bipolar lamurienta, e eu quero ser uma boa companhia quando tiver bons amigos de verdade.
E estava me sentindo vazia, mas escrevendo agora vejo que ainda tem muita coisa boa dentro de mim. Como diz minha mãe, eu sou uma lindo diamante que precisa ser lapidado. E como ela tem me ajudado. Não posso também esquecer da ajuda impressionante que tenho recebido do meu irmão, a quem devo parte do que sou, ou pelo menos do que serei...E a meu filho, que me ensina a cada dia a arte de ser mãe, companheira, amiga, paciente, e criança. Amo demais todos eles, como amo a outras pessoas que estão distantes, e esse amor tem sido suficiente no meu período de reabilitação.
E aguardo ansiosamente os dias felizes que estão por vir...