domingo, 23 de janeiro de 2011

Luz do Sol Em Meus Ombros

"Luz do sol em meus ombros - me faz feliz

Luz do sol em meus olhos - pode me fazer chorar

Luz do sol na água - veja como é bonito

Luz do sol a ponto de me fazer sempre contente"



Exatamente como me sinto hoje!!!







E hoje acordei com aquele forte sensação de ter bebido demais e falado besteira...
Já atrasada para um compromisso, abri o blog e li o post anterior...
Realmente, bebi demais e falei besteira...
E ontem encontrando com meu passado comecei a pensar em como está a vida das pessoas que por mim passaram.
Então me peguei imaginando e sonhando o que é a vida. Como se eu não tivesse uma. E de fato, acho que não tenho.
Falei com um amigo, que disse estar muito feliz, pois resolveu finalmente fazer o que sempre sonhou: teatro. Abandonou preceitos e medos para isso. De repente ele perguntou do que eu gosto.
Uma pergunta retórica, eu pensei. Mas ele quis resposta. Juro que eu tentei, mas eu não souber responder.
Tentei enrolar e dizer pra ele o que eu não gosto, ou de repente o que eu quero... Mas ele insistiu. Por fim tive que admitir pra ele: eu não sei do que eu gosto. Aliás, cara, eu não gosto de nada!!!
Se ainda tivesse fazendo terapia com certeza o diagnóstico seria um só: depressão.
Ainda bem que eu também não gosto de terapia.
Ele insistiu, sugeriu, argumentou... Mas o máximo que eu consegui foi me lembrar do que eu já gostei um dia, e mesmo assim, já tem tanto tempo que eu nem sei como eu pude gostar disso.
Depois dessa conversa eu me pus a pensar no assunto. Percebi então que talvez eu realmente não goste de nada. Acho interessante certas coisas, mas nada me atrai.
Então tentei ampliar mais o campo de reflexão.
Li um blog de um rapaz, totalmente dedicado ao amor de uma moça, bem como ao fim desse relacionamento. Bem...descobri também que nunca gostei de ninguém. O máximo que fiz foi desejar alguém, mas de repente descobri que também não quero ninguém "estranho" na minha vida.
E que tomei nojo das pessoas que de mim tentaram se apossar.
Isso: gosto de solidão. Não sei se essa resposta ia ser satisfatória para o meu amigo...Acho que não.
Gosto do silêncio...do escuro...gosto da minha companhia e dos meus pensamentos. Gosto dos meus amigos imaginários que não me julgam estranha ou amarga, apenas me ouvem serenos e compreensivos.
De certa forma isso me fez pensar também em como eu queria ser diferente. Queria gostar das pessoas...
Não consigo...
Queria também que gostassem de mim...Acho que queria uma vida diferente. Queria gostar de algo...Queria me apaixonar, amar de verdade. Queria...
Mas não gosto disso...Não gosto nem de tocar no assunto.
Não gosto de nada, e nem quero gostar...
Juro que isso cansa quando se tem que viver num mundo rodeado de pessoas normais, cheias de sonhos e projetos. Às vezes tenho que fingir ser uma coisa que não sou para não assustar ninguém...
Já até achei que estava me adaptando a ser outra pessoa. Engano meu.
Necessário ressaltar que eu não odeio as pessoas. Não mesmo. Só não gosto da forma em que a maioria delas julgam as diferentes formas de pensar.
Detesto também ter que adaptar e ser o que eu não sou. Por isso prefiro os meus amigos imaginários.
Juro que não sou louca.
Mas pela primeira vez estou enfim confessando a minha dupla personalidade. Não de caráter. Sou una em pensamentos e sentimentos, mas minha vida se divide em Quem eu sou, e Quem querem que eu seja.
Não sei qual das duas me cansa mais...mas enquanto for necessário será assim, por uma questão de sobrevivência.
E também não to gostando de falar sobre isso..

É para você mesmo

No entanto, sem mais novidades, eu resolvi perder meu recente adquirido medo de escrever sobre minha vida e sobre meus sentimentos. Medo de ser descoberta ou mal interpretada.
Parei então de me preocupar se você vai saber que é em você que eu penso, e é sobre você que eu escrevo. Afinal, você já sabe o que tem que saber.
Mas ainda sabe pouco sobre mim...E não acho que mereça tanto assim. Já basta dominar meus pensamentos e meus sonhos, não vai também dominar o resto da minha vida.
E agora que escrevo, percebo que talvez não mereça mesmo nem mesmo minha atenção, meu tempo, e muito menos um post inteiro.
Mesmo assim vou continuar escrevendo. Até eu descobrir porque foi que eu não tive coragem de te falar pessoalmente toda a verdade. Porque depois de tudo eu ainda fico muda quando você está ao meu lado, enquanto eu deveria te contar o que aconteceu.
Deixo então você acreditar nas mentiras ditas a meu respeito. Deixo você acreditar que eu sou tão fraca, tão sensível e tão apaixonada, enquanto na verdade, meu coração ainda é de pedra.
Eu não chorei por você... Que me achem fria, que me julguem estranha...
Não confunda admiração com devoção...
Não quero sua alma, quero apenas a sua boca...

sábado, 22 de janeiro de 2011




Algumas semanas se passaram desde que resolvi assumir para mim mesma que eu estava errada com relação a você...
Agora só queria te dizer que, diferente do que você pensa, o que eu quero para minha vida, eu não quero para sempre...

domingo, 9 de janeiro de 2011

O Funeral de Corações

Amor é um funeral de corações

E uma ode à crueldade

Quando os anjos choram sangue

Sobre o nascimento das flores malditas

O funeral dos corações

E uma súplica por misericórdia

Quando amor é uma arma

Separando-me de você





Ela era o sol brilhando sobre

A tumba de suas esperanças e sonhos tão frágeis.

Ele era a lua pintando-a

Com ardor tão vulnerável e pálido.





Amor é um funeral de corações

E uma ode à crueldade

Quando os anjos choram sangue

Sobre o nascimento das flores malditas.

O funeral dos corações

E uma súplica por misericórdia

Quando amor é uma arma

Separando-me de você





Ela era o vento carregando

Todas as perturbações e medos, que ela por anos tenta esquecer

Ele era o fogo, inquieto e bravo

E você era como uma mariposa perto da chama





O herege badalo além da divindade

Uma oração para um deus surdo e cego

A última cerimônia para as almas sobre o fogo

Três pequenas palavras e uma pergunta: por quê?





Amor é um funeral de corações

E uma ode à crueldade

Quando os anjos choram sangue

Sobre o nascimento das flores malditas

O funeral dos corações

E uma súplica por misericórdia

Quando amor é uma arma

Separando-me de você