domingo, 21 de novembro de 2010




" Fui embora fugindo de você, na esperança de nunca mais te encontrar. Mas hoje encontrei vestígios de você ... nesse terreno baldio, chamado coração..."

sábado, 20 de novembro de 2010




Passo a odiar cada vez mais essa forma estranha de amor... Odeio o jeito como você me faz precisar de você...


"Por que invades meu sono, se na minha vida não estás presente?"


" E quando você se for...será que pode fechar a porta? Porque todo mundo um dia se vai..."


"Só te peço uma coisa: se queres meu coração, guarda-o com carinho...não o deixe cair, para que não se quebre de novo..."

Por que você me atrai? Se você passa e finge não me ver... depois passa e sorri... e seu olhar parece querer me contar todos os seus segredos...
Por que você me atrai? Porque você é indescritível...



E hoje eu me descobri pensando em você...e vendo seus olhos até nos lugares mais improváveis...

domingo, 14 de novembro de 2010

Mais um novembro

E começa o mês de novembro, e com ele sua chuva...
Talvez esse ano eu não me banhe em suas águas, repetindo assim um ritual de quase vinte anos, na esperança que a chuva leve consigo a dor que sinto na alma.
As chuvas de novembro continuam sagradas para mim, diferente do que eu imaginava.
Esperava esquecer. Mas sempre que ouço o barulho das águas sinto minhas lágrimas rolarem, como se quisessem se misturar com a chuva.
Eu olhava pela janela e via a chuva alagando o quintal, e ficava desejando que meu mundo fosse uma ilha... Achava que nunca ia parar de chover..
Desejava a chuva, ansiava por ela mais do que tudo. Porque quando chovia, eu sentia que alguém chorava comigo. E quando me banhava na chuva, era como se me lavasse em minhas próprias lágrimas.
" Está chovendo porque você está triste..." foi o que ela me disse.
Então todos os dias seriam de chuva e minha vida seria enfim uma ilha.
Queria tanto que essa chuva levasse comigo minha dor...
Mas sempre que ela volta, ela me traz o passado.
Faz lembrar das primeiras chuvas de novembro, ainda uma criança, correndo pelas ruas, sem destino, sem querer chegar a algum lugar... Fugia de mim, fugia de tudo.
Alguns anos depois ainda me via deitada debaixo da chuva, querendo ainda fugir. Mas ela estava ali, e sempre estaria.
Hoje eu não preciso mais fugir.
Mas a chuva ainda me persegue cantando pra mim o meu passado em voz fúnebre, chorando novamente essas lágrimas que derramo há quase vinte anos.
Quando chove eu me torno novamente uma menina...assustada, indefesa, com medo, com culpa, com nojo...mas apenas uma menina...
E ele nem sabe... Ele nem sabe o mal que me fez...Ele nem imagina como é chorar todas as noites a mesma tristeza infinita.
Essa dor que não consigo explicar.. Esse vazio de quem perdeu algo que nunca teve. Essa sensação de quem vive por viver.
Que todos os meses de novembro chorem comigo para sempre a minha dor de menina. Que essa chuva lave minha alma e me torne a pessoa que eu nunca pude ser.
Que a vida um dia possa significar algo mais do que apenas dor e lágrimas.
E adormeço novamente ao som da suave canção, que leva embora meus dias, que leva embora minha vida... a vida que eu nunca desejei ter...



" Se quem me deu a vida ao invés a tivesse tirado, mais feliz me faria ..."